Instituto
do Câncer suspende estudo com fosfoetanolamina por falta de eficácia.
Da Agência Brasil
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Fosfoetanolamina_anvisa.jpg. Divulgação Anvisa |
O
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) suspendeu a inclusão de
novos pacientes nos testes com fosfoetanolamina, substância que ficou conhecida
com a “pílula do câncer”.
Segundo
o diretor-geral da instituição, o oncologista Paulo Hoff, os testes com 72
voluntários não mostraram evidências de que o produto seja eficiente para
combater tumores.
“Neste momento o estudo
tem se revelado muito aquém do que nós desejaríamos em termos de taxa de
resposta”, disse em coletiva, ao lado do secretário estadual de Saúde, David
Uip.
Entre
os 59 pacientes tratados com as dosagens diárias de fosfoetanolamina, quando
reavaliados, apenas um registrou índice de remissão dos tumores maior do que
30%.
Para
dar continuidade aos estudos, a equipe esperava, de acordo com Hoff, que ao
menos 20% dos voluntários tivessem resultados semelhantes. Ainda estão sendo
ministradas doses a 20 pacientes.
“Achamos mais prudente
suspender a inclusão de novos pacientes no estudo, porque da maneira como está
sendo colocado não achamos ético continuar incluindo pacientes nesse
estudo”, afirmou o diretor do Icesp.
Sobre
o caso que teve resultados positivos, Hoff disse que a situação será estudada
com mais profundidade. “Uma resposta em 59 avaliações pode acontecer por
diversas razões. Gostaríamos que fosse pelo efeito benéfico do produto e vamos
estudar isso com cuidado”, acrescentou.
Os
pacientes que participaram do estudo tinham 10 tipos diferentes de câncer.
Porém, apenas em relação ao câncer colorretal foi alcançada a meta de inclusão
de 21 voluntários para uma avaliação conclusiva dos efeitos. Neste grupo, os
resultados foram todos insatisfatórios. Apenas um paciente com melanoma atingiu
as taxas de sucesso esperadas.
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