Ministério
da Saúde destina mais R$ 10 milhões para pesquisas sobre Aedes.
Da Agência Brasil
O
Ministério da Saúde anunciou ontem (30) que repassará mais R$ 10 milhões para a
elaboração de pesquisas sobre as doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti:
dengue, Zika e chikungunya. Deste total, R$ 6 milhões serão destinados à
criação de um banco nacional de amostras biológicas relacionadas a essas
doenças, como sangue, urina e saliva.
O
banco servirá de suporte aos pesquisadores, permitindo que análises futuras
possam ser realizadas com a ajuda destas amostras. Segundo o ministério, a
estruturação do banco deve começar ainda em este ano e a coordenação será feita
em conjunto com centros de pesquisas ainda a serem definidos.
Também
serão definidas prioridades de pesquisas relacionadas à chikungunya, com
previsão de um estudo de abrangência nacional, e será dado auxílio a
pesquisadores na publicação de artigos de grande impacto relacionados às
arboviroses. Segundo a pasta da Saúde, ao todo, já foram investidos, pelo
governo federal, mais de R$ 250 milhões no financiamento de pesquisas
relacionadas às três doenças causadas pelo Aedes aegypti.
Renezika
O
anúncio da verba foi feito pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, durante o 3º
Encontro da Rede Nacional de Especialistas em Zika e doenças correlatas
(Renezika), realizado em Brasília.
Barros
disse ainda que, para ampliar a assistência, já foram destinados recursos para
a habilitação de Centros Especializados em Reabilitação (CER) e para 51 novas equipes
de Núcleos de Apoio de Saúde da Família. São R$ 10,9 milhões por ano para essas
equipes, que contam com profissionais de fisioterapia, terapia ocupacional e
fonoaudiologia.
Desde
outubro do ano passado, as crianças com síndrome congênita de Zika também
contam com 52 novos CERs, especializados em serviços como, por exemplo,
estimulação precoce. Por ano, o Ministério da Saúde repassará R$ 114,3 milhões
para o custeio dessas unidades.
Segundo
o ministro, 80% das crianças com microcefalia já estão sendo atendidas com
atenção especializada, mas é preciso que as prefeituras façam com que elas
cheguem aos centros. “Há um esforço nosso para ampla cobertura e para que as
mães utilizem esse serviço. Só que o tratamento está nos centros especializados
e, às vezes a mãe está em local afastado e as equipes precisam ir ao seu
encontro, não é uma operação simples”, disse.
Cerca
de 300 pessoas, entre pesquisadores, gestores, profissionais da saúde,
representantes da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), do Center for
Disease Control and Prevention (CDC) e da Global Research Collaboration for
Infectious Disease Preparedness (GloPID-R), bem como do setor produtivo público
e privado, participaram do encontro da Renezika. Foram convidados também os
secretários de saúde estaduais e gestores de secretarias municipais de locais
em que a epidemia de zika, chikungunya ou dengue teve maior impacto.
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