quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019


Caern dá dicas para curtir um carnaval sustentável.


Uma das comemorações mais esperadas do ano está se aproximando: o Carnaval. Durante os quatro dias de festa, toneladas de lixo são despejadas nas ruas de todo o Brasil e quem sente as consequências é o meio ambiente. Latas de cerveja, garrafas de água, descartáveis e adereços que se acumulam no chão aumentam o risco de alagamentos em caso de chuva, porque os bueiros de drenagem de água pluvial ficam entupidos com todo esse lixo. Nas praias, o que vai para o mar, além de contaminar a água, põe em risco a fauna e a flora marinhas.

E não só as ruas ficam sujas, ou as galerias de drenagem entupidas e o mar agredido com o descarte inadequado. Parte desse lixo também pode chegar à rede de esgoto, o que traz ainda mais prejuízos. Jogar lixo no esgoto é crime ambiental. Tubulações são obstruídas, equipamentos são danificados e o desconforto com a agressão ao meio ambiente se transforma em uma série de outros problemas, até no âmbito da saúde.

Para minimizar o impacto ambiental, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) traz dicas sustentáveis para todo mundo aproveitar o período.


COPOS REUTILIZÁVEIS


Preocupados apenas com a diversão, os foliões esquecem de ter cuidado com o próprio lixo ou com quem vai limpá-lo. Uma alternativa prática que pode ajudar a reduzir a quantidade de resíduos jogados nas calçadas é levar o próprio copo reutilizável de casa, evitando carregar depósitos que depois seriam desperdiçados.


GLITTER


O glitter é um dos elementos mais utilizados nas fantasias de carnaval, e também um dos maiores violões do ecossistema marinho. Menor que 5 milímetros, o glitter é classificado como microplástico, ou seja, plástico, principal poluente do oceano. Todo o microplásico encontrado nos mares representa um caminhão de lixo por minuto e 85% do plástico encontrado na natureza. Não biodegradável, demora mil anos para se decompor.

Ao remover o glitter com água, seja em pias ou no chuveiro, o material vai para o encanamento de esgoto. Microplásticos são pequenos demais para serem filtrados no sistema de tratamento de esgoto, chegando em rios e mares. Quando isso acontece, o material percorre longas distâncias, podendo se tornar ainda menor. Invisível a olho nu, acaba sendo ingerido por seres marinhos.

O glitter absorve substâncias perigosas para os organismos. Quando ingerido pelos animais, pode causar danos irreparáveis. Felizmente, existem alternativas do produto que não possuem plástico em sua composição, sendo biodegradáveis ou naturais.


Glitter ecológico


Com o crescimento da discussão, já é possível encontrar o glitter ecológico em lojas ou até mesmo fabricá-lo em casa. Confira o tutorial de três passos:

Para confeccionar bastam doisingredientes: gelatina vegetal e corantes das cores de sua preferência. Também conhecida como pó de ágar-ágar, a gelatina vegetal possui maior poder gelificante que a animal, não necessita ir à geladeira e não derrete em temperatura ambiente.

Misture a gelatina com corantes de preferência, fazendo uma pasta. Opte por compostos biodegradáveis. Para um efeito mais brilhoso, pode-se adicionar pó de mica.

Deixe a pasta secar em uma camada fina sobre um tapete de silicone. Para secar integralmente, pode-se levar até 3 dias.

Triture a pasta completamente seca em um microprocessador (mixer) ou liquidificador.

Pronto para usar, utilize protetor solar para proteger a pele e aumentar a aderência do bioglitter à pele.


CANUDO


Por serem práticos, higiênicos e confortáveis, canudos plásticos estão presentes no cotidiano de grande parte da população. Mas a evolução desse modelo é inimiga do meio ambiente, em especial, da vida marinha. Os canudos fazem constituem uma vasta parcela de todo o plástico encontrado nos mares e oceanos. Para não abandonar o velho hábito, uma maneira de evitar o problema é investir em canudos de bambu, silicone, vidro ou aço inox. As alternativas são muitas e os produtos, reutilizáveis e portáteis.


CONFETE


Fundamental na folia das crianças durante o período carnavalesco, o confete é produzido, normalmente, por papel. Algumas marcas utilizam celofane, um tipo de plástico não reciclável, que ao passar pelas estações de tratamento de esgoto, chegam ao oceano como microplástico. Nesse caso, a melhor solução para não agredir o meio ambiente é optar por confetes que sejam fruto de reciclagem, ou criar o seu próprio material, podendo ser reciclado ou ecológico.


Reciclado


Papéis antigos como contas pagas, revistas e jornais velhos, cadernos usados, rolos de papel higiênico e todo o material acumulado dispensável podem ser utilizados como base para o confete. Vale toda a criatividade para buscar papéis coloridos, tingi-los com tintas, canetas e lápis de cor para deixar a brincadeira personalizada.

Após a seleção e possível pigmentação dos reciclados, basta utilizar um perfurador de papel nas peças escolhidas e em seguida, guardá-las em algum recipiente de preferência. As vantagens são muitas: além de não desperdiçar, é econômico e consome o acervo desnecessário das prateleiras de casa, limpando e liberando mais espaço.

Se a brincadeira ocorrer em casa, o confete pode ser recolhido e reutilizado. Ao término da festa, o material pode ser descartado na lata de lixo azul da coleta seletiva.


Ecológico 


Ainda mais sustentável, o confete ecológico tem o mesmo processo de produção do reciclado, mudando apenas o material-base: folhas e flores secas, que podem ser escolhidas de diferentes tipos para variar a tonalidade. A Caern alerta que não se deve arrancar as folhas das árvores, use apenas as que estiverem caídas nas ruas e calçadas.



Fonte: ASSECOM/RN

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