Novo caso
suspeito de febre amarela em primata é investigado no RN.
Por Sesap/Assecom.
A Secretaria de Estado da
Saúde Pública (Sesap) recebeu comunicado do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz/RJ)
de um resultado sugestivo de febre amarela de mais um sagui de tufo branco
(Callithrix jacchus), com óbito no município de Natal, no dia 08 de dezembro de
2022. Este já é o segundo caso suspeito em primatas, já que em 18 de janeiro de
2023 um outro animal, proveniente do município de Espírito Santo/RN, apresentou
o mesmo resultado semelhante para febre amarela.
O animal coletado no
município de Natal, pertencia ao Núcleo de Primatologia da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte (UFRN). O caso foi comunicado ao Departamento de
Vigilância em Saúde da SMS Natal para que as ações investigativas e preventivas
sejam tomadas. Os outros animais do grupo permanecem saudáveis.
“Considerando que os
primatas são animais sentinelas para a febre amarela, entendemos que este
evento, requer um intenso movimento para viabilizar o aumento das coberturas
vacinais, além de antecipadamente se adotar as medidas preventivas,
independente dos resultados laboratoriais”, disse Cíntia
Higashi, bióloga no Núcleo de Endemias e Zoonoses da Sesap. Os primatas não são
transmissores da doença e caso a população encontre um animal doente é
importante notificar.
Nesta sexta-feira (10),
aconteceu uma reunião entre a Sesap, SMS Natal e Ministério da Saúde para
acompanhamento do caso e organização das medidas a serem tomadas por cada
instituição.
Vacinação
A intensificação vacinal
deve iniciar nas áreas rurais e silvestres e, prioritariamente, nos locais
próximos de ocorrência dos casos suspeitos em animais. No Rio Grande do Norte,
a vacina da febre amarela está implantada desde abril de 2022, para toda a
população de 9 meses a 59 anos de idade, exceto para aqueles em situação com
condições de imunização especial.
Para ampliar a cobertura
vacinal e reduzir a possibilidade da ocorrência de casos em humanos, a Sesap
recomenda que a vacinação deverá acontecer de forma seletiva, sendo vacinados
todos aqueles que não receberam a dose da vacina contra a febre amarela
anteriormente. Indivíduos sem comprovação da vacinação são considerados não
vacinados, devendo por sua vez receber sua dose da vacina contra a febre
amarela.
Espírito Santo
O caso do animal de
Espírito Santo ainda é considerado em investigação pelo Ministério da Saúde e
aguarda sequenciamento genético para conclusão. As equipes de vigilância seguem
com a investigação ecoepidemiológica que nos resultados preliminares não
encontrou indícios de transmissão para outros animais ou pessoas na área.
Uma equipe composta pela Vigilância Epidemiológica, Imunização, Entomologia e
Controle Vetorial do nível central e I URSAP da Sesap já realizou visitas
técnicas e orientou as equipes da vigilância em saúde e atenção primária do
município, além de acompanhar a vacinação, especialmente na área de ocorrência
do caso.
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