Poeta
tangaraense, Daniel Valente, publica poema no I volume da Antologia Luso
Brasileira, intitulado "Liberdade".
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Poeta tangaraense Daniel Valente publica poema sobre liberdade. |
Organizado pela editora portuguesa, chiado Editora, o I Volume da
Antologia Luso Brasileira da Poesia Livre, intitulado “Liberdade”, reúne nesses
tempos difíceis o que os poetas brasileiros contemporâneos têm a dizer sobre o
tema. Entre os textos selecionados está o poema “Liberdade Cassada”, de
autoria do poeta tangaraense, Daniel Valente.
“Do que vale a liberdade do pássaro se as suas asas estão
cortadas?”, foram essas, as palavras que causaram o espanto necessário para
que Daniel escrevesse o texto que nos provoca a refletir a falsa ideia de liberdade em um
sistema que nos faz livres — mas dentro de suas gaiolas.
Morando em Natal desde 2012, Daniel tem construído seu espaço no cenário
da literatura, publicou: em novembro de 2016 o poema “Um desejo” na
Revista virtual, Revista de Ouro, em maio do mesmo ano o poema “Dentro de
vo(ser)” na Antologia de Poesia Brasileira Contemporânea Além da Terra Além do
Céu, em julho de 2017 o poema “Lágrimas Secas” na revista virtual,
Revista de Ouro, em dezembro de 2018 o poema “João, eu só queria ver os
pássaros” no livro Meio Dia do poeta Thiago Medeiros e “Liberdade Cassada”,
presente na Antologia de Poesia Luso Brasileira “Liberdade”, é a sua mais
recente publicação. O livro encontra-se à venda tanto no Brasil quanto em
Portugal, nas livrarias e no site da Chiado Editora.
Em 2012, quando chegou para morar em Natal, Daniel Valente era apenas um
menino do interior, que como tantos outros expulsos de casa, trazia nos olhos
todos os sonhos do mundo, o que junto aos poemas que declama, parece ter feito
toda a diferença.
Atualmente, Daniel Valente trabalha
para a publicação do seu livro de estreia, é estudante de Letras da
Universidade Potiguar, membro do PET (Programa de Educação Tutorial) de Letras
do Rio Grande do Norte e integra o Sarau Insurgências Poéticas, contemplado pelo
Edital Centro Histórico 2019 da prefeitura do Natal e considerado
recentemente pelo Jornal Tribuna do Norte como sendo o principal palco da
poesia natalense.
Abaixo, leia na íntegra o poema “Liberdade Cassada”.
Liberdade cassada
Do que vale a liberdade do pássaro
se as suas asas estão cortadas?
Do que vale a liberdade do pássaro
se a luz do seu céu está apagada?
Do que vale a liberdade do pássaro
se os seus pés estão cansados?
Do que vale a liberdade do pássaro
se ele já foi caçado?
Do que vale a liberdade do pássaro
se ela já foi embora?
Do que vale a liberdade do pássaro
se ele está na gaiola?
Do que vale a liberdade do pássaro
se não sabe onde ele mora?
Do que vale a liberdade do pássaro
Se voou e não foi embora?
Do que vale a liberdade do pássaro
no passado da memória?
Fotos: Maria de Quadros, ensaio fotográfico realizado no Nalva Melo Café
Salão.
Acompanhe o trabalho do poeta Daniel Valente pelo Instagram:
@odanielvalente
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