Crescimento de síndromes neurológicas associadas ao Aedes preocupa
especialistas.
No
segundo dia do “Seminário Norte-riograndense sobre arboviroses e suas
complicações”, os pesquisadores abordaram o crescimento das doenças
transmitidas pelo mosquito Aedes aegypt no País, com destaque para as síndromes
neurológicas. O evento acontece até esta quarta-feira (14), no auditório da
reitoria da UFRN.
Com
a Conferência “Arboviroses: O que dizem os números”, ministrada por
Roberto Leica, do Ministério da Saúde, a Secretaria de Estado da Saúde Pública
(Sesap) abriu os trabalhos no turno da manhã.
Em
seguida os pesquisadores se dividiram na Mesa Redonda: “Diagnóstico e
Investigação de casos suspeitos de Arboviroses”, um momento considerado
importante pelos participantes, pois foi apresentada a pesquisa de Arboviroses
no RN, que está sendo realizada pelo professor da UFRN Josélio Maria Galvão
Araújo. A representante do Instituto Evandro Chagas do Pará, Lívia Martins,
apresentou como é realizado o diagnóstico laboratorial da dengue, zika,
chikungunya e febre amarela no laboratório que é referência mundial na área. E
para finalizar, Emerson Luiz Lima Araújo, da Secretaria de Vigilância em Saúde
do Ministério da Saúde, falou dos desafios para investigação e encerramento de
óbitos suspeitos de arboviroses.
Já
no período da tarde, os especialistas apresentaram o quadro das síndromes
neurológicas que estão sendo associadas às arboviroses e como estão sendo
diagnosticadas e tratadas. Os médicos do Hospital Onofre Lopes, Marcelo
Marinho, Paulo Santiago e Mário Emílio abordaram os seguintes temas: Mielites,
uma doença neurológica causada por um processo inflamatório na medula espinhal;
Encefalites, que são infecções agudas do encéfalo e a Síndrome de Guillian
Barré, doença autoimune grave, que afeta o sistema nervoso, e que teve um
crescimento associado à zika e chikungunya.
O
público presente composto por médicos, enfermeiros e outros profissionais de
saúde participaram ativamente do evento, tirando dúvidas e interagindo com os
debatedores, sobretudo com relação ao diagnóstico das arbovirores dengue, zika,
chikungunya, já que os sintomas são semelhantes.
Cerca
de 400 pessoas estão participando do evento, que está sendo considerado pelos
organizadores como o melhor de todos os tempos. A Sesap está promovendo o
seminário com apoio da Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e a
Pró-Reitoria de Extensão da UFRN.
PROGRAMAÇÃO
QUARTA-FEIRA 14/12
08:30 CONFERÊNCIA Arboviroses: avanços
teóricos e desafios metodológicos da VEH por Suely Correia (SESAP/RN)
09:00 MESA REDONDA V – Ações
Interinstitucionais e Desafios no Enfrentamento à Microcefalia, Mediadora:
Valeska Souto (CIEVS/SESAP/RN)
09:00 Investigação de casos de
Microcefalia no RN por Marcia Regina de Andrade (Egressa EpiSUS/SVS/MS)
09:30 Protocolos e fluxos no RN por Chyrly
Moura (COES/SESAP/RN)
10:00 Experiência de acolhimento e
acompanhamento às famílias de crianças com microcefalia por Joyce Naiana P.
Lima (SMS Vera Cruz/RN)
10:30 O Ministério Público e o acompanhamento
das ações de assistência às famílias de crianças com microcefalia com Rebecca
Monte Nunes Bezerra (Promotoria Pública/RN)
11:00 Avanços e desafios da gestão municipal e
estadual por Jaciane Santos (COES/RN)
11:30 Debate
12:30 Intervalo para almoço
14:00 MOMENTO CULTURAL - Chorinho
14:30 MESA REDONDA VI – Microcefalia:
Diagnóstico e Apoio Terapêutico, Mediador: João Bosco Filho (UERN)
14:30 Aspectos clínicos e
implicações dos fatores genéticos na microcefalia por João Ivanildo da Costa
Ferreira Neri (CRIE/SESAP/RN)
15:00 Diagnóstico por Imagem por Reginaldo
Antonio de Oliveira Freitas Júnior (Instituto de Neurociências/ISD)
15:30 Triagem Neonatal por Reginaldo Holanda
(UFRN)
16:00 Estimulação precoce por Carla Ismirna
Santos Alves (UniRN)
16:30 Debate
Fonte: SESAP
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