Copom
inicia reunião nesta terça para definir taxa básica de juros.
O Comitê de Política
Monetária (Copom) do Banco Central (BC) inicia amanhã (19) a segunda reunião de
2019 para definir a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,5% ao ano.
Na quarta-feira (20), após a segunda parte da reunião, será anunciada a taxa.
Instituições
financeiras preveem que a Selic deve permanecer este ano no atual patamar. Para
2020, a expectativa é de aumento da taxa, encerrando o período em 8% ao ano.
O Copom reúne-se a cada
45 dias. No primeiro dia da reunião, são feitas apresentações técnicas sobre a
evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento
do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela
diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.
O Banco Central atua diariamente
por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos
federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.
A Selic, que serve de
referência para os demais juros da economia, é a taxa média cobrada em
negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente
no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic).
A manutenção da Selic
no atual patamar, como prevê o mercado financeiro, indica que o Copom considera
as alterações anteriores nos juros básicos suficientes para chegar à meta de
inflação, objetivo que deve ser perseguido pelo BC.
Ao reduzir os juros
básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e
o consumo. Entretanto, as taxas de juros do crédito não caem na mesma proporção
da Selic. Segundo o BC, isso acontece porque a Selic é apenas uma parte do
custo do crédito.
Para cortar a Selic, a
autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e
não correm risco de ficar acima da meta de inflação. Quando o Copom aumenta a
Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços
porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
A meta de inflação,
definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4,25%, com intervalo de tolerância
entre 2,75% e 5,75%, neste ano.
Histórico
De outubro de 2012 a
abril de 2013, a taxa Selic foi mantida em 7,25% ao ano e passou a ser
reajustada gradualmente até alcançar 14,25% em julho de 2015. Nas reuniões
seguintes, a taxa foi mantida nesse patamar.
Em outubro de 2016, foi
iniciado um longo ciclo de cortes na Selic, quando a taxa caiu 0,25 ponto
percentual para 14% ao ano. Esse processo durou até março de 2018, quando a
Selic chegou ao seu mínimo histórico, 6,5% ao ano, e depois disso foi mantida
pelo Copom.
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