Em
menos de 2 meses, maior rigidez nos gastos com combustíveis gera economia de R$
530 mil para o Governo do RN.
Por Anderson
Barbosa, G1 RN
O Governo do Rio Grande
do Norte está gastando menos com combustíveis. Segundo a Secretaria de
Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), que exerce uma responsabilidade
compartilhada com a Secretaria de Administração e dos Recursos Humanos (Searh)
no controle do abastecimento dos veículos que pertencem ao Estado, em menos de
dois meses se consumiu 133 mil litros de combustíveis a menos – gerando uma
economia de mais de R$ 530 mil aos cofres públicos. Atualmente, o RN possui
3.121 veículos ativos.
Diretor do Centro
Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), o tenente-coronel da PM
Carlos Kleber Caldas de Macedo disse ao G1 que o primeiro passo para
esta redução foi o recadastramento de toda a frota, atendendo a um decreto
publicado no início da atual gestão.
"No governo
passado, a frota considerada ativa era de 3.945 veículos. Depois do
recadastramento, quando descobrimos de fato quantos eram e onde estava cada
veículo pertencente ao Estado, este número caiu para 3.121 veículos ativos, ou
seja, 824 veículos foram considerados inoperantes e foram bloqueados para
qualquer tipo de abastecimento", revelou Macedo.
Ainda de acordo com o
oficial, depois veio o efetivo controle dos chips que já estavam instalados nos
tanques dos veículos e nas bombas dos postos cadastrados, além do
estabelecimento de cotas distintas de combustíveis para cada tipo de veículo,
"o que nos permitiu um controle ainda mais rígido", salientou.
As cotas, segundo o
tenente-coronel, variam de acordo com a finalidade do veículo. "Para um
carro que é usado no dia a dia de uma secretaria, de forma administrativa,
estipulamos uma cota semanal. Já para uma viatura da Polícia Militar, que é um
carro operacional, por exemplo, a cota de abastecimento precisa ser
diária", explicou.
Chips
"Com o
recadastramento da frota, lançamos em um sistema a placa, o tipo e a qual órgão
o veículo pertence. Assim, quando o motorista vai ao posto abastecer, o chip
instalado na bomba se conecta com o chip instalado no tanque do veículo, e o
sistema já identifica a cota de combustível a que ele tem direito. Assim, se a
cota não estiver liberada, ou o carro não estiver cadastrado como ativo, não
adianta tentar abastecer que a bomba do posto não vai liberar o
combustível", afirmou Macedo.
Ainda de acordo com
Macedo, alguns motoristas até tentaram abastecer alguns dos carros que foram
cortados da lista de veículos ativos, mas o próprio sistema impediu o
abastecimento. "Alguns veículos foram rebocados porque ficaram sem
combustível. Quando fizemos o recadastramento, cada gestor informou quantos
carros possuíam em suas pastas. Agora, só é possível abastecer se o veículo
fizer parte desta lista. Se for cadastrado e não tiver o chip instalado, não
abastece", reforçou.
Mais
economia
Macedo também disse
ao G1 que é possível economizar ainda mais. Para isso, está sendo
implantado uma segunda etapa do projeto de controle de abastecimento. O
tenente-coronel contou que ó objetivo agora é exercer uma fiscalização ainda
maior, também na fonte.
"Estamos fazendo
reuniões com as distribuidoras para podermos implantar um controle automático
de estoque. Vamos modernizar todo o sistema de abastecimento", pontuou.
Menos
deslocamentos
Atualmente, segundo
Macedo, cerca de 15 postos são cadastrados, em Natal e no interior, a abastecer
veículos que pertencem ao Estado. A meta, no entanto, a cadastrar pelo menos um
posto em cada um dos 167 municípios potiguares. O trabalho deve ser concluído
em 60 dias.
"Isso vai evitar
que viaturas precisem se deslocar vários quilômetros, muitas vezes saindo de
uma cidade parta outra, para poder abastecer. Desta forma, com um posto em cada
cidade, resolvemos três problemas de uma vez só: eliminamos estes
descolamentos, evitamos que as cidades fiquem desguarnecidas e ainda
economizamos também com a manutenção dos veículos, que não precisarão mais
fazer longas viagens todo o tempo", destacou.
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