Saúde
alerta para prevenção e diagnóstico precoce da Doença Renal Crônica.
Ministério da Saúde
alerta, no Dia Mundial do Rim, celebrado este ano no dia 14 de março, a
população, os profissionais de saúde e os gestores públicos de saúde para a
importância da prevenção e do diagnóstico precoce da Doença Crônica Renal
(DCR). A doença renal é silenciosa, não apresenta sintomas e tem registrado
crescente prevalência, alta mortalidade e elevados custos para os sistemas de
saúde no mundo. No Brasil, o envelhecimento populacional aliado às Doenças
Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), a exemplo da hipertensão e a diabetes, se
apresentam como importantes fatores de risco.
A principal função do
rim é remover os resíduos e o excesso de água do organismo. A Doença Crônica
Renal leva a uma redução dessa capacidade, por pelo menos três meses, e é classificada
em seis estágios, conforme a perda renal. Na maior parte do tempo de sua
evolução, é assintomática, fazendo com que o diagnóstico seja feito tardiamente
precisando passar pelo procedimento de hemodiálise. Para prevenção e tratamento
da Doença Renal Crônica, o Sistema Único de Saúde (SUS) conta com a Rede de
Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas, na Atenção Básica e
Especializada, com a relização de transplantes.
Para os pacientes com
Doença Crônica Renal, o SUS oferta duas modalidades de Terapia Renal
Substitutiva (TRS), tratamentos que substituem a função dos rins: a
hemodiálise, que bombeia o sangue através de uma máquina e um dialisador, para
remover as toxinas do organismo. O tratamento da doença renal acontece em
clínica especializada três vezes por semana; e a diálise peritoneal feita
diariamente na casa do paciente; e a diálise peritoneal, que é feita por meio
da inserção de um cateter flexível no abdome do paciente e é feita diariamente
na casa do paciente, normalmente no período noturno.
De acordo com o estudo
Saúde Brasil 2018, do Ministério da Saúde, as pessoas em diálise, entre 65 e 74
anos, apresentaram, em 2017, a maior taxa de realização de Terapia Renal
Substitutiva (TRS) por 100 mil da população (782), em relação às demais faixas
etárias. A maior predominância foi no sexo masculino com taxa de
crescimento anual de 2,2% e, de 2% para o sexo feminino. A raça/cor
predominante é a branca (39,6%) em relação às raças/cor amarela (1,2%),
indígena (0,1%), parda (36,1%) e preta (11,4%).
A maior taxa regional
de pessoas em alguma modalidade de TRS foi na Região Sudeste, com 236 pessoas a
cada 100 mil, seguido pela Região Centro-Oeste (229 por 100 mil da população) e
Região Sul, com 208 por 100 mil da população. As taxas de realização da Terapia
Renal Substitutiva aumentaram em todas as regiões do país, sendo o aumento de
3,9% no Norte; 3,3% no Nordeste; 3,2% no Centro-Oeste; 1,7% no Sudeste; e 0,6%
no Sul.
O Saúde Brasil ainda
mostra que a hemodiálise foi a modalidade de TRS mais frequente entre os
pacientes com doença renal, com média de 93,2% em relação à diálise peritoneal
com 6,8%, entre 2010 a 2017. Nesse período, o valor repassado pelo Ministério
da Saúde para a realização da TRS e a oferta de medicamentos especializados foi
de R$ 19,7 bilhões e de R$ 1,2 bilhão para o transplante renal e medicamentos
relacionados.
PREVENÇÃO
DA DOENÇA RENAL
Tratar e controlar os
fatores de risco como diabetes, hipertensão, obesidade, doenças
cardiovasculares e tabagismo são as principais formas de prevenir a doença
renal. Essas doenças são classificadas como Doenças Crônicas Não Transmissíveis
(DCNT), que respondem por cerca de 36 milhões, ou 63% das mortes no mundo, com
destaque para as doenças do aparelho circulatório, diabetes, câncer e doença
respiratória crônica. No Brasil, corresponderam a 68,9% de todas as mortes, no
ano de 2016. A ocorrência é muito influenciada pelos estilos e condições de
vida.
O tratamento de fatores
de risco das Doenças Crônicas Renais faz parte das estratégias lideradas pelo
governo federal, previstas no Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento
das DCNT no Brasil para 2011-2022. Entre as metas propostas no Plano,
destacam-se aquelas que possuem associação entre fatores de risco e o
desenvolvimento da DRC, como reduzir a taxa de mortalidade prematura (<70
anos) por DRC em 2% ao ano; deter o crescimento da obesidade em adultos;
aumentar a prevalência de atividade física no lazer; aumentar o consumo de
frutas e hortaliças; e reduzir o consumo médio de sal.
No geral, dados do
Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde mostra
redução anual de 2,6% da mortalidade prematura por doenças crônicas entre
adultos (30 a 69 anos). Com isso, o país já cumpre a meta para reduzir
mortalidade por doenças crônicas. O objetivo inicial era de reduzir as taxas de
mortalidade prematuras em 2% ao ano até 2022.
A expansão da Atenção
Básica é uma das principais ações para prevenir as DCNT. Atualmente são 42,9
mil Unidades Básicas de Saúde em funcionamento; 42,6 mil equipes de Saúde da
Família que cobrem 64,6% da população; e 263,4 mil Agentes Comunitários de
Saúde em todo o país.
O Ministério da Saúde
também tem implementado ações de promoção à saúde, com o repasse de recursos
para os municípios para para implantar o programa Academia da Saúde.
Atualmente, o programa conta com mais 3.800 polos habilitados. A pasta tem
pactuado com a indústria para a redução de açúcar e sal nos alimentos. Para o
tratamento, o Governo Federal disponibiliza no SUS medicamentos gratuitos para
hipertensão, diabetes, entre outros.
Fonte: Governo Federal
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